Em dezembro o Senado Federal aprovou o reconhecimento da música gospel como manifestação cultural, sendo assim se tornar=a um gênero musical oficial como o samba, hip hop ou sertanejo. A importância dessa lei está relacionada a benefícios da isenção fiscal da Lei Rouanet.
Porém existem controvérsias em relação a esse assunto segundo o diretor do Cenro da Música da Funarte – com vínculo ao Ministério da Cultura – Bebeto Alves o projeto é polêmico. O diretor reconhece a importância da música como expressão cultural mas se preocupa com a exploração religiosa nesta manifestação cultural.
— É um assunto polêmico, um tema delicado e que precisa de um pouco de cuidado. A música gospel é, sim, uma manifestação cultural num país onde os gêneros musicais são muito amplos e variados. Mas tem uma questão de fundo, que é a catequese, a dinâmica religiosa e litúrgica. O risco é de haver uma distorção do entendimento de expressão e linguagem de cultura com evento de cunho religioso. Imagino que deva ter algum impedimento quanto a isso. De se coibir distorções no uso das benesses da lei — disse Bebeto Alves.
O autor da proposta é o ex-deputado Robson Rodovalho (PP-DF), um dos fundadores da Igreja Sara Nossa Terra, além disso o deputado e cantor Marco Feliciano (PSC-SP) afirmou a importância do projeto, já que considera o público evangélico vítima de preconceito. Marco Feliciano declarou: — Tem verba federal para cultura afro, para a música sertaneja e até para o funk. Por que não para a música gospel?
Além de evangélicos integrantes da Renovação Carismática Católica também se beneficiariam com a validação dessa lei, já que hoje padres como Fábio de Melo e Marcelo Rossi também são sucessos de vendas.
Para a música gospel se tornar oficialmente uma manifestação cultural ainda é necessário a sanção da presidente Dilma Rouseff.
Fonte: Gospel+
Com informações de 24 Horas News