O cantor Leonardo Gonçalves é refêrencia tanto no meio gospel quanto secular sempre surprendendo em suas apresentações com interpretação vocal. lniciou sua carreira musical aos quinze anos, em 1994, participando do Coral Jovem do IASP (atual UNASP) e do conjunto vocal Tom de Vida. Permaneceu cantando em diversos grupos, como o Novo Tom (grupo reformulado a partir do Tom de Vida), Coral Universitário do UNASP e Coro Bach do Instituto de Artes da Unicamp.
Em 2002 partiu para carreira solo, lançando então seu primeiro álbum, “Poemas e Canções”, faz parte deste trabalho a música “Getsêmani” grande sucesso do cantor.
Em 2007 Leonardo lançou seu segundo álbum “Viver e Cantar” um CD e DVD com participação do grupo Communion. Devido a qualidade do seu trabalho recebeu em 2008 o Troféu Talento de “Revelação Masculina”. Em 2010 o cantor assinou com a Sony Music, e pela gravadora já lançou seu terceiro trabalho intitulado “Avinu Malkenu”, um trabalho gravado em hebraico.
Leonardo Gonçalves está em produção de seu novo CD que será lançado em outubro e na entrevista abaixo, realizada pela Assessoria Sony Music, o cantor fala sobre o novo trabalho e suas influências musicais.
01 – A expectativa pelo seu CD inédito está enorme. O que você já pode nos adiantar sobre o projeto?
É um cd em que eu estou conseguindo ser objetivo e coeso, creio eu… tanto espiritualmente, teologicamente, musicalmente… acho que em todos os sentidos… pelo menos esta é a minha esperança! Tudo gira em torno do Reino de D-s… Tanto aquele do qual podemos desfrutar e que devemos promover já aqui e agora, como também daquele que ainda está por vir… o título ainda não está 100% definido, mas atualmente estou gostando bastante de “Princípio e Fim”, até pelos múltiplos possíveis significados.
02 – Quantas músicas, repertório, produção … já tem título definido o CD?
Esse lance da objetividade já se traduz inclusive na quantidade de músicas, rs… Enquanto meu último CD em Português continha 19 (!!!) músicas, este terá apenas 10 músicas, 1 faixa bônus, além de prólogo e epílogo… ao todo: 13 faixas. Estou trabalhando também com menos compositores: Tiago Arrais, Felipe Valente, Rafael Brito, Samuel Silva, Daniela Araújo (minha esposa) e eu… somos apenas nós 6. A produção é aquela loucura de sempre… sempre lutando para fazer a “multiplicação do orçamento”, rs.! Embora eu tenha recebido da Sony muito mais do que apenas 5 pães e 2 peixinhos, multiplicação ainda se faz necessário. Estou realizando muitos sonhos neste CD … Tantos que nem sei por onde começar… Estou literalmente gravando com os músicos dos meus sonhos! Como o dólar está baixo, muita coisa está podendo ser gravada no exterior. Gravei as baterias com Dan Needham (Jaci Velasquez, Michael W. Smith, etc.), Marvin McQuitty (que foi o baterista do Fred Hammond por 10 anos) e Jurim Moreira, a maioria dos baixos com André Rodrigues (que grava nos meus CDs desde o primeiríssimo, em 2001), guitarras com Edgard Cabral (Nivea Soares, Pr. Cirilo, Daniela Araújo) e Edson Guidetti (aí a lista é longa)… os pianos com Samuel Silva e Jorginho Araújo… As cordas foram gravadas em Praga, na República Tcheca, no Rudolfinum que é um teatro de 1885, e quem as regeu e dirigiu foi meu tio Williams Costa Jr., e desta vez pudemos contratar uma orquestra de cordas de 60 músicos! Enfim… são muitas bênçãos, mas também é MUITO trabalho…!
03 – Você é bastante detalhista nas produções. Há quanto tempo começou esse trabalho?
Este é o CD que vou ter terminado mais rapidamente na minha vida. A produção do “Poemas e Canções” (2002) durou exatos 1 ano e 10 meses. O “Viver e Cantar” teve 2 anos de pré-produção e mais 1 ano inteiro de produção. O “Avinu Malkenu” teve 2 anos de escolha de repertório e 6 anos de produção, efetivamente, rs… Já este eu vou concluir em 6-7 meses de trabalho… É claro que já estou pensando e estudando o conceito dele há bem mais tempo, mas de produção efetiva, 6 meses acho que vão ter resolvido. Considero isto um pequeno milagre… mas pra ser bem sincero, estou gostando desta sensação de não estar no controle total de toda a situação… Tenho sentido que isto tem dado mais oportunidade e espaço para a intervenção divina…
04 – E o suporte da Sony Music para esse trabalho? Como tem sido essa parceria?
A Sony tem sido maravilhosa… O Mauricio Soares tem sido muito compreensivo… a começar pelo fato de terem me permitido ser o produtor do meu próprio CD. Isto é algo bem raro dentro de uma gravadora deste porte. Tenho toda a ajuda de que necessito, embora eu ainda esteja aprendendo a aceitar toda a ajuda de que disponho, rs… O que mais tem me dado alegria em todo este processo, além da compreensão e aceitação total da minha personalidade e minha maneira de trabalhar, é a liberdade praticamente incondicional da qual estou desfrutando para cantar exatamente aquilo que eu sinto que D-s tenha colocado no meu coração.
05 – Depois de Avinu Malkenu o público aguarda um CD um pouco mais popular. Serão devidamente atendidos?
Com certeza, rs…! Mas o “Avinu Malkenu” mudou minha vida, minha maneira de olhar a música, arte, tudo! Mas é evidente que tem pelo menos umas 6 músicas bem “radiofônicas”… já as outras reservam algumas surpresas. No fundo, hoje, minha filosofia é: quando é pra ser pop, que seja pop, mesmo! Agora… dá, sim, pra fazer algo pop com conteúdo, com qualidade, com esmero e com profundidade; e quando for pra ser alternativo, que seja alternativo, mesmo, rs.! E, claro, lutando sempre para conseguir conciliar estas características tão distintas que encontro dentro de mim, pra criar um CD sólido e coeso.
06 – Haverá alguma participação especial?
Teremos algumas participações especiais, mas por enquanto prefiro manter como surpresas
07 – Já tem uma idéia do projeto gráfico? E as fotos?
O processo todo de construção do projeto gráfico é uma das melhores novidades pra mim, junto à Sony Music. Ter alguém como Carlos André com quem eu possa fazer quase que uma “sessão de terapia”, falando a respeito da minha proposta de vida, do CD, etc., e ter seu insight e sua visão do meu trabalho traduzidos em arte é algo de um valor “indizível”! É incrível com me sinto compreendido por ele. Já foi assim no CD em hebraico e continua sendo assim. A gente já tirou as fotos com Lucas Motta, que é quem está assinando a arte da minha esposa Daniela Araújo… Ficaram muito legais! E bem dentro da proposta sugerida pelo Carlos André… Mas também aqui, me reservo o direito de fazer um pouco de suspense, rs.
08 – Qual a sua previsão de lançamento deste CD?
A previsão de lançamento é para Outubro deste ano… A gente queria muito para a ExpoCristã, mas preferi fazer as coisas com um pouco mais de calma.
09 – Quem são suas maiores referências artísticas?
Tenho MUITAS referências… para coisas diferentes. Alguns são referência de dedicação e de vida, como meu tio Williams Costa Jr., minha mãe Telma e meu padrasto Wolfgang; alguns são referências vocais, como Tonéx, Take 6, etc…; alguns são referências musicais como Cindy Morgan, Radiohead e tantos outros; alguns são referências de inovação e de ousadia artísticas, como João Alexandre, Björk, Ed Motta, etc… e ainda tem um monte de músicos cujas músicas simplesmente amo, às vezes por razões mais óbvias, às vezes por razões que a própria razão desconhece como Os Arrais, Felipe Valente, Stênio Marcius, Laura Morena, Novo Tom, etc.
10 – Que tipo de música você ouve normalmente?
Eu tenho literalmente de tudo um pouco, na minha já não tão pequena “biblioteca de CDs”… Mas sou de fases… É muito complicado porque a gente que trabalha com música escuta MUITA, mas MUITA música “profissionalmente”… E nem sempre é tão fácil manter a paixão por música… às vezes a gente começa a ficar muito chato, se apega a detalhes de produção enquanto ouve e por vezes já me peguei sem a capacidade de curtir música… É nestas horas, especialmente, que ouço muita música erudita, muito Bach, muito Schumann, muito Beethoven… Me ajuda a continuar mantendo meu coração e minha mente emocionados com tanta beleza que existe, com tanta arte que e tanto talento que D-s dá a seus filhos… Atualmente, em meio a uma maratona de produção envolvendo o cd da minha esposa Daniela Araújo e do meu próprio cd, estou numa fase destas… De escutar Arvo Pärt e Bach, em seus trabalhos de coral, principalmente.
11 – Quais artistas gospel você destaca no Brasil e no exterior?
Acho que o trabalho da minha esposa Daniela Araújo é muito especial. Quando a gente se conheceu, mesmo, sua paixão por música, sua sensibilidade, sua capacidade e personalidade musical foram a primeira, de muitas coisas, que me encantaram. Acho que ela traz algo novo, diferente, mas ainda bem acessível para o cenário de música religiosa nacional. Além dela, sempre tenho que citar João Alexandre, Os Arrais, Felipe Valente, Laura Morena (minha prima), Stênio Marcius (um gênio!)… Internacionalmente amo Fred Hammond, Kirk Franklin, Cindy Morgan, Israel Houghton, Jaci Velasquez, Michael W. Smith… é muita gente…!
12 – Enquanto não conferimos seu CD, pode nos deixar uma mensagem?
É maravilhoso saber que D-s está sempre conosco…! Ele é onipresente! Precisamos aprender que adoração e reverência são fruto da gente saber reconhecer sua presença até nos detalhes mais banais de nosso dia-dia. Outra coisa que tem ocupado muito minha mente é tentar imaginar como D-s vê o mundo e as pessoas… É claro que Ele enxerga o coração… Mas o que me impressiona não é nem isso, mas o fato dele continuar amando a todos individualmente e coletivamente, mesmo enxergando o coração de todos! Ele nos ama a todos, mesmo sendo nós tão diferentes uns dos outros. Isto em si é uma grande lição para nós. E se queremos ser iguais a Ele, acho que a gente deveria começar por aí… Amando-nos uns aos outros não apesar de nossas diferenças, mas simplesmente amando-nos uns aos outros; sem sequer levar as diferenças em consideração.
Fonte: Assessoria de Imprensa Sony Music