A banda Tanlan, recém-contratada da Sony Music, está lançando nesse mês de janeiro seu segundo CD, primeiro pela gravadora. E em uma entrevista divulgada na página da gravadora no Facebook, Fábio Sampaio, vocalista da banda, falou sobre as recentes mudanças na vida do grupo e sobre seus projetos para o ano de 2013.
De acordo com Sampaio, o novo CD da Tanlan vai apresentar uma “banda mais madura que no disco anterior, com um estilo agora mais definido e coeso. Uma banda de rock moderno, como o estilo pede nos dias atuais”.
O músico comentou também o momento atual na música cristã no Brasil, afirmando que o meio está passando por uma transformação, que está abrindo espaço para “outras formas de expressão artística”.
– Acho que estamos nos aproximado de uma crise, no melhor sentido desta palavra. Ou seja, existe um modelo que talvez esteja sendo transformado e dando lugar para outras formas de expressão artística na música cristã. Há uma nova geração de pessoas, garotada com 14, 16, 20 anos que está vindo com outras referências de mundo, diferente de quem tem hoje 40. E esta geração parece que pede um novo tipo de música – afirmou o cantor.
Fábio Sampaio comentou ainda a agenda da banda para esse ano, e citou que já estão programadas viagens e apresentações para vários estados brasileiros.
Leia a entrevista na íntegra:
A Tanlan foi uma das últimas novidades anunciadas pela Sony Music em 2012. Vocês já sentiram alguma mudança a partir da contratação?
Certamente, o número de seguidores, no Twitter e facebook, só cresce e a quantidade de menções e buscas pela banda na rede aumentaram consideravelmente.
O novo CD chega às lojas nestes primeiros dias de janeiro. O que o público irá encontrar neste projeto?
Encontrarão uma banda mais madura que no disco anterior, com um estilo agora mais definido e coeso. Uma banda de rock moderno, como o estilo pede nos dias atuais. E acima de tudo, uma banda com letras que refletem um modo de enxergar a vida a partir de um ponto de vista redimido pelo Criador. Também é um disco para quem procura, dentro da música cristã brasileira, um outro tipo de linguagem, de som, de estética.
Vocês são uma banda do Rio Grande do Sul. É certo que todo artista, seja gospel ou secular, precisa trabalhar fortemente nas outras grandes capitais do país. A Tanlan pretende fazer alguma turnê ou intensificar as viagens pelo Brasil neste próximo ano?
Sim, estão programadas já viagens para Rio de Janeiro, Minas (Governador Valadares, Contagem, Belo Horizonte), São Paulo e Vitória (ES), faltando apenas alguns detalhes.
Quais as expectativas de vocês para este ano que se inicia?
Entendemos que o ano de 2013 será de certa forma definitivo para a vida da TANLAN, porque várias coisas positivas aconteceram pra gente no final de 2012 que certamente irão repercutir neste ano. Podemos citar 3 delas (além do contrato com a Sony): a abertura do show do Thales Roberto aqui em Porto Alegre, diante de 9 mil pessoas; o lançamento de nosso disco com um show superbem produzido e com casa lotada; a matéria da revista Billboard. São sementes que plantamos para colher este ano, como tudo o que sempre fizemos nesses anos todos de banda. Começar aos poucos, sem pressa e com consistência.
Como vocês avaliam o cenário da música cristã no Brasil neste momento?
Artisticamente falando, acho que estamos nos aproximado de uma crise , no melhor sentido desta palavra. Ou seja, existe um modelo que talvez esteja sendo transformado e dando lugar para outras formas de expressão artística na música cristã. Há uma nova geração de pessoas, garotada com 14, 16, 20 anos que está vindo com outras referências de mundo, diferente de quem tem hoje 40. E esta geração parece que pede um novo tipo de música. Por isso, entendemos que no campo da criatividade, o período está fértil. No campo comercial, o mercado evangélico nunca esteve tão propício e tão em evidencia. O fato de grandes gravadores e empresas de mídia voltarem-se para este “segmento” é uma amostra clara de que a música cristã, além de ter um propósito nobre, tem vida própria e pode canalizar investimentos. Dentro de 20 anos, o Brasil se tornará um país mais evangélico do que católico, por exemplo.O que falta ainda é outros segmentos empresariais além da midia se tocarem disto, como empresas e serviços, por exemplo. Há milhões de consumidores em potencial para consumir marcas de vários segmentos, e eles simplesmente ignoram os números do mercado evangélico. Queremos como banda ajudar nesta transformação, dando a nossa parcela de contribuição que é a arte.
Por Dan Martins, para o Gospel+