Apresentando o lançamento de seu mais novo trabalho, “Este Lado Para Cima”, a Banda Resgate concedeu uma entrevista à equipe de imprensa da Sony Music, na qual falaram sobre carreira, ministério e seus mais de 20 anos de estrada.
Na entrevista, eles falaram também da repercussão do lançamento nas redes sociais, e de sua relação com a música gospel que, segundo a banda, vive hoje uma “indefinição de identidade e propósito” quanto ao seu conteúdo.
Sobre o novo trabalho, eles comentaram a saída do músico Dudu, substituído por Paulo Anhaia, mas ressaltaram que a identidade da banda permanece. Segundo eles o Resgate voltou a uma sonoridade mais nua e crua como era no começo da banda.
Leia a entrevista na íntegra:
São mais de 20 anos de estrada mantendo a mesma formação original. Qual a fórmula para toda essa longevidade da banda?
Acho que não há uma fórmula, somos amigos, temos um mesmo objetivo, gostamos de ser banda … Acredito também que o fato de que nenhum de nós tenha um projeto musical particular individual possa ser também um fator importante.
Vocês são considerados uma das principais referências da música gospel nacional. Como vocês avaliam todos estes anos da banda e o atual cenário da música gospel?
Acho que a música gospel segue um caminho próprio. A música cristã sempre foi a música da Igreja, a música Gospel surgiu como alternativa para atingir limites fora da Igreja levando uma filosofia cristã, com uma linguagem contextualizada. Hoje a música cristã segue seu velho rumo e a música Gospel vive, em minha opinião, uma indefinição de identidade e propósito. Mas isso digo no âmbito do conteúdo.
Nos últimos 3 anos vocês promoveram uma mudança radical no trabalho do Resgate. Neste período vocês tiveram uma agenda intensa de shows que jamais tiveram antes. Foi uma espécie de recomeço na carreira?
Na verdade o novo momento ministerial, a mudança de Igreja, nos deu mais flexibilidade de agenda. Não sei se foi um recomeço, mas que foi uma bela injeção de força na carreira da banda, isso realmente foi.E como foi essa experiência de pegar a estrada para divulgar o trabalho do Resgate? Muitas experiências interessantes?
É sempre muito bom, rever amigos antigos, fazer novos amigos e conhecer irmãos que batalham no mesmo front. A estrada te coloca perto das pessoas, o artista tem de ir aonde o povo está.
E o público como reagiu a essa retomada da carreira? A receptividade ao trabalho de vocês continua em alta?
O Resgate tem sempre um lugarzinho no gosto da galera, ficamos felizes com isso. Este novo projeto segue a mesma linha de humor e descontração de sempre, mas também optamos por fazer o que é o papel do Rock, trouxemos um pouco de polêmica e apologética pra dentro das letras.
Falando do novo CD, quais as maiores novidades que vocês poderiam destacar desse projeto?
Tivemos uma perda com a saída do Dudu. Foram 10 anos muito bons com ele, mas a carreira profissional o impediu de prosseguir com a gente. Optamos por trabalhar com um velho amigo, o Paulo Anhaia, muito conhecido no cenário do Rock brasileiro. A banda voltou a uma sonoridade mais nua e crua como era no começo da banda, mas é sempre o Resgate.
E a sonoridade do novo CD como você pode avaliar?
As letras do Resgate são conhecidas por fugirem ao ‘lugar comum’, ao ‘evangeliquês’.
Quando vocês se reúnem para compor, os temas são propostos, direcionados, ou surgem de forma absolutamente natural e espontânea?
Como havia dito voltamos à sonoridade dos primeiros CDs, algo um pouco mais rude, foi uma opção. Quanto às letras não temos uma fórmula, às vezes discutimos juntos outras vezes trago uma idéia meio pronta. Os temas são fruto da observação do cotidiano.
O CD “Ainda Não é o Último” é considerado um dos melhores projetos lançados no meio gospel nos últimos anos. Vocês esperavam essa repercussão tão positiva? E quais as expectativas com o novo projeto?
Sempre gostamos do que fazemos, acreditamos no que fazemos, ainda que o público possa gostar mais ou menos procuramos ser o que somos. Afinal de contas a música é uma expressão artística mesmo sendo um produto. Ficamos felizes pela receptividade do “Ainda não é o último” e não sabemos como será com “Este lado para cima” mas no nosso crivo, já o aprovamos, tínhamos vontade de fazer algo assim, achamos que há espaço pra esse tipo de reflexão, e deve ter muita gente receptiva ao discurso.
Neste novo álbum, quais são as músicas que vocês mais curtem ou confiam que poderão se tornar hits?
Esperamos que gostem de “Eu estou aqui”, ” Errando e aprendendo”, mas eu sinceramente gostaria que as pessoas curtissem “Fora do sistema”, “Em nome de quem?”, “Eles precisam saber” e “O que não precisa”. São canções que falam o que pensamos e o que gostaríamos que os cristãos do Brasil pensassem.
A repercussão deste lançamento nas redes sociais foi excelente! Vemos relatos super elogiosos de pessoas destacando a qualidade do novo projeto. Como vocês estão recebendo essas primeiras impressões do público?
Com alegria. É sinal que estão compreendendo o que queremos dizer, ou não…rsrsrs
Por falar em redes sociais, como é a relação de vocês com essas novas plataformas?
Tem melhorado. Não era algo que dávamos importância mas nos últimos 2 anos cresceu muito, e nos ajuda bastante na divulgação.
E a agenda do Resgate será intensificada com o lançamento deste novo CD?
Na verdade já tínhamos eventos marcados até o ano que vem. O CD ainda está chegando nas lojas, acho que veremos o impacto dele na agenda no próximo ano.
Tem um show de lançamento previsto para São Paulo no mês de dezembro, conte-nos mais a respeito.
Será dia 3 de Dezembro em São Paulo. Vamos divulgar o local e horário daqui alguns dias, esperamos que o pessoal compareça e goste.
Pra finalizar, uma mensagem a nossos leitores e todos os contatos da Banda Resgate.
Um abraço a todos, obrigado pelo carinho. Através do nosso site você tem acesso a todas as redes socias onde a banda se encontra e ao nosso canal do YouTube, além de contato para shows. Abraço a todos.
Por Dan Martins, para o Gospel+