O cantor Jeosafá Pimentel lançou este ano o álbum “Aba Pai” pela gravadora Central Gospel Music.
Em uma entrevista ao site da empresa, ele contou que o convite para entrar no cast de artistas foi feito de maneira inusitada pelo pastor Silas Malafaia.
O clipe da faixa-título do álbum alcançou mais de 100 mil visualizações no YouTube há algumas semanas.
Confira a entrevista de Jeosafá Pimentel, falando sobre seu início de carreira e atual fase do ministério
Como você começou a cantar?
A minha família é de músicos. O meu irmão era vocalista numa banda, e minha mãe canta também na igreja. Eu não queria me envolver com a música; queria ser do contra. Só que foi mais forte. Eu cantava no conjunto da igreja e também comecei da bandinha do colégio. Foi então que eu conheci a música melhor e fiquei apaixonado. Depois de começar a cantar no colégio é que passei a cantar mais na igreja também. Quando eu percebi, já estava há muito tempo na música. Depois que descobri a música para Cristo e que eu podia compor, aí que eu fui com tudo, mas não tinha o desejo de ser um cantor. Eu comecei de um jeito meio sem pensar. O Senhor me dava as músicas, e eu escrevia. E então eu fui entendendo o que Deus queria.
Como era a sua vida na igreja?
Meu pai é pastor, e eu nasci em berço evangélico. Eu ia forçado à igreja. Depois que eu passei a andar com os meus próprios pés foi que conheci Cristo. Eu ia à igreja muito dificilmente, só aos domingos. Como sempre fui envolvido com música, cantava na igreja, mas não fazia solo, porque eu era muito tímido. Ainda sou um pouco. Então eu ficava só no back vocal, quase me escondendo.
Você disse que ia obrigado à igreja. Como foi, então, a sua conversão?
Graças a Deus, eu tive muitos livramentos. Nunca fui aquele cara que chegou ao fundo do poço. Eu voltei mesmo para Deus quando saí da igreja do meu pai e fui para a ADVEC. Aí eu comecei a conhecer Cristo, fui batizado com o Espírito Santo.
Como foi o dia em que o pastor Silas Malafaia chamou você para fazer parte da Central Gospel Music?
O meu líder de jovens me colocou para cantar no culto de domingo. Eu comecei a cantar uma das minhas músicas, “Aba Pai”, e a igreja toda conhece e cantou junto. Vi que o pastor Silas entrou logo nessa hora e reparou que a igreja estava cantando. Durante o ofertório, pediram para ele anunciar o meu CD. Ele ficou olhando para o meu CD com uma fisionomia séria, começou a contar a história do Nani Azevedo e depois falou para mim: “Deus falou comigo para fazer essa pergunta para você: quer assinar contrato com a gravadora?”. Foi na frente da igreja toda e de surpresa. É difícil me fazer chorar, mas não tive como não chorar.
E como você se sentiu naquele momento?
Eu só agradecia a Deus, porque sei que não mereço nem um por cento disso tudo que está acontecendo. É uma bondade e uma graça constante.
Você tinha planos de ter uma carreira no meio gospel ou gostaria de ter somente um ministério local? O que você esperava?
Quando eu conheci Cristo verdadeiramente, queria fazer alguma coisa para Ele. Mostrar para as pessoas todo esse amor dele. E eu reconheci que Deus me deu o dom de cantar, mas nunca tinha pensado em ser um cantor e gravar CD. Minha vontade era fazer alguma coisa para o Reino de Deus, sabendo que nessa área de música, por eu ter esse dom.
Você tem algum testemunho de pessoas que foram tocadas pelas letras das suas músicas?
No Facebook, eu recebo bastante testemunho de pessoas que contam que estavam escutando a música “Aba Pai”, e Deus falou com elas. Não há nada que me deixe mais feliz, porque a música está cumprindo o propósito de levar as pessoas para mais perto de Cristo. Teve uma menina que estava pensando em sair da igreja, e depois que escutou a música mudou de ideia.
Qual é a história da música “Aba Pai”?
Eu estava vivendo um evangelho medíocre, achando que estava bem forte e amigão de Cristo, mas não. Então, eu peguei meu violão e fui para o banheiro, porque gosto de tocar no banheiro. Fiquei lá por muito tempo e nada de sentir a presença de Deus. Eu me lembrei de uma amiga minha que pregou uma vez que o Espírito Santo habita em nós e clama incessantemente pelo Pai. Eu comecei a cantar Aba Pai e veio a letra toda da canção. Senti muito forte a presença de Deus, e isso marcou a minha vida.
Como você compõe? As letras são baseadas em suas experiências?
A música “O que é o amor”, que fala sobre dar mais valor à tradição do que à libertação, foi baseada numa experiência que eu vivi. Mas eu também pego o gravador e vou tocando e cantando, e a música surge. A música flui. Ao todo, eu tenho umas 35 músicas, e componho desde os 14 anos.
Como você classifica o estilo da sua música?
Eu sou uma esponja, porque gosto de muita coisa e muitos estilos. Eu classificaria como um pop rock, embora não seja só isso. Eu escutava do samba ao rock mais pesado.