O tecladista Jean Carllos, do Oficina G3, foi o preletor da Conferência Live na última sexta-feira, 29 de maio, e falou sobre a necessidade de reflexão entre os evangélicos.
Jean introduziu sua mensagem falando sobre a importância de confiar em Deus e fez uma autocrítica sobre o egocentrismo, uma das características dos fiéis que formam a igreja evangélica no Brasil.
“O que eu tenho para falar aqui hoje é algo pelo qual eu também estou sedento e também quero para mim. Eu não estou aqui na frente para te ensinar, eu estou aqui para compartilhar”, disse o músico.
“O que eu acho fantástico é o que aconteceu aqui, agora. Nós, como a Igreja de Cristo nos cumprimentarmos, falar um com o outro, olhar para o lado e perguntar o nome da pessoa que de repente você nunca viu, ter o prazer de saber o nome dela e muitas vezes perguntar para ela: ‘Está tudo bem?’. É lógico, que a gente espera que ela responda ‘está tudo ótimo!’, mas se ela te responder ‘Não, está tudo uma porcaria’, aí vamos entender por que estamos aqui. Você será um instrumento de Deus na vida desta pessoa”, afirmou o músico.
Para Jean, ser igreja exige uma cumplicidade e comprometimento com o próximo: “Não faz sentido você entrar por estas portas, em um dia de conferência / de culto e se sentar naquele lugar que ‘tem o seu nome’, aí se levanta, canta um monte de músicas, senta, ouve o pastor falar, levanta, o pastor dá a bênção e você vai embora. Isto não é Igreja. Isto não é ser corpo. Você não está fazendo o seu papel aqui e nem em lugar nenhum. As nossas igrejas estão cheias de pessoas assim, que só olham para o seu próprio umbigo”, lamentou.
De acordo com informações do site Guia-me, Jean Carllos aproveitou para tocar músicas antigas, que marcaram a trajetória do Oficina G3, como “Magia Alguma”, “Novos Céus” e “Espelhos Mágicos”: “Eu não canto e todo mundo sabe disso. Mas me emociono ao lembrar que tocávamos músicas como estas nos cultos de nossa igreja nesta época”.