A cantora Fernanda Brum concedeu uma entrevista, ao lado do marido, pastor Emerson Pinheiro, ao programa Espalha pra Geral, da TV Teresópolis, e falou sobre a homossexualidade e o papel da igreja na questão.
Segundo Fernanda Brum, há coisas a se fazer para que o relacionamento da igreja com os homossexuais seja mais cortês, sem deixar de pregar a verdade bíblica. “Existem vários motivos que geram a oportunidade de um jovem tomar a decisão por uma opção sexual diferente. Mas, a nossa postura como igreja é sempre receber e ouvir. O primeiro passo é ouvir e receber. Eu não posso aqui em cinco minutos te levar os motivos para salvar o mundo. Mas, eu posso dizer para você que, se você não recebe um jovem que precisa conversar e se não ouvem esse jovem, e se não faz perguntas para esse jovem, se não faz ele pensar… se não tem um ombro, se não tem ninguém para chorar com ele, se não tem um lugar para ele vir, ele nunca virá”, disse a cantora.
Fernanda comentou também que existem casos que se mostram mais difíceis: “Por outro lado você vai encontrar, em extremos, jovens que chegam confusos com relação a sua orientação sexual porque sofreram abusos. Você vai encontrar jovens confusos segundo a sua orientação sexual por causa de uma idolatria que tem pelo pai ou pela mãe. Muito jovem quer ser a mãe ou quer ser o pai”, pontuou.
Na entrevista, o casal disse que a influência do ambiente ao redor pode se tornar um fator de complicação nesse assunto: “Crianças que foram configuradas sexualmente em seu primeiro tempo de libido e sensualidade, configuradas com o mesmo sexo. E ai ela foi configurada na sua primeira sensação assim. Tudo isso são caminhos”, comentou.
Emerson Pinheiro destacou que o sexo é vendido na mídia como o sentido da existência e chamou atenção para o fato de que a expectativa exacerbada pode se tornar opressora e influenciadora na orientação sexual.
“Você quer saber o que eu já ouvi como pastor? Uma menina que criou tanta expectativa em cima do sexo, tanta… que quando ela teve relação sexual com um homem, não era aquilo que ela esperava. Ela esperava mais e se frustrou. Foi querer buscar o outro lado para ver se tinha isso tudo pra ela. A propaganda do sexo, a pessoa cria tanta expectativa que se frustrou com o sexo oposto”, contextualizou o pastor.
Na visão de Fernanda, “o discurso radical, imediato, não é um discurso que sara imediatamente” e apontou o caminho: “O que sara é o amor e o diálogo. É andar a milha. Não é repudiar”. O pensamento foi complementado por seu esposo: “Você amar a pessoa não significa que eu aprovo aquela prática. Mas, eu acho que você tem que estar aberto para amar e para ouvir, principalmente. As pessoas precisam ser ouvidas”.
Assista à entrevista: