O saxofonista Fábio Costa está lançando seu novo CD, “Refúgio” e disponibilizou três faixas para download em MP3 através do Gospel+.
Haverá um evento de lançamento do álbum, no dia 24/08, em Jundiaí, no Teatro Polytheama, às 20h30. A entrada para o evento será um quilo de alimento não perecível.
Confira abaixo nossa entrevista com o músico:
Fábio, conte-nos sobre suas origens na música cristã. Quais são as suas influências musicais como um todo?
Eu nasci em um “berço cristão” e graças ao bom DEUS nunca me desviei dos caminhos do Senhor, mas me lembro que me ensinaram a ouvir somente musicas que falavam sobre DEUS, fora isso, era pecado. Mas percebi ao longo dos anos e com o conhecimento sobre o certo e errado, que a música nada mais é que um instrumento de comunicação, uma maneira de expressar o que sente, o que pensa, e o que deseja com ela, mas nunca esquecendo é claro, de quem a criou (DEUS). A partir dai, minhas influências musicais mudaram, e comecei a ouvir outras musicas que não falavam sobre DEUS, mas sobre pessoas, sonhos, vontades e verdadeiras declarações de amor. Mas fiz uma escolha: usar a música para expressar o meu amor e gratidão a DEUS, e mostrar ao máximo de pessoas que eu puder, o quanto Ele nos AMA!
Como um todo, gosto de uma boa música, uma boa letra, que tenha conteúdo ou história, que seja verdadeira e sincera, que transmita algo de bom e não de ruim para as pessoas. Minha área é instrumental , e tenho como referência grandes instrumentistas como : Kenny G, Dave Koz, Kirk Whalum, Gerald Albrigth, Brian Coulbertson entre outros, como cantores: Nívea Soares, Marcela Gandara, Jesus Adrian Romero, Adhemar de Campos, Michael W. Smith, Yolanda Adamns, Thalles Roberto.
Existe algum artista cristão da atualidade que se destaque, a seu modo de ver?
Sim, Thalles Roberto. Ele apresentou a musica cristã de uma forma muito contagiante, intensa, se analisarmos, o rítmo e estilo já existe, mas acredito que não no meio Cristão. Foi inovador, não podendo esquecer que a “pecinha” atrás do estilo faz toda a diferença, porque o público sente quando o artista vive aquilo que está apresentando.
Como enxerga o nível de produção musical nacional em relação a conteúdo, originalidade e profissionalismo?
Em geral, muito ruim. Não tenho medo em dizer que a cultura musical do povo cristão é pobre e carente ao mesmo tempo. Cansamos de ouvir musicas com letras horríveis, arranjos feios e mal feitos, músicas que engrandece apenas a criação e induz ao egoísmo, inveja, prepotência, e só barulho, não passa de uma musica ruim, pois não tiramos nenhum proveito verdadeiro. E quando digo carente, é porque também existem muitos artistas maravilhosos, que por suas musicas não serem “comerciais” acabam sendo como verdadeiras pérolas difíceis de ter um fácil acesso a todos, e quando a encontram, ficam todos realmente maravilhados, sabendo a partir desse momento, diferenciar uma boa musica de uma musica ruim, pois concordamos que é mais fácil enganar aquele que menos sabe, do que aquele cujo conhecimento é maior. E prefiro ficar com a segunda parte, embora minoria, mas o importante não é “quantidade” e sim “QUALIDADE” (risos)
Já tocou ou participou de algum projeto de outros artistas cristãos ou seculares?
Sim, de vários, gravações em estúdio de CDs e até DVD, mas de nenhum “famosão” (risos).
Durante a produção de seu novo CD, houve a preocupação em imprimir alguma diferença significativa em relação aos trabalhos anteriores?
Sim, principalmente nesse último trabalho, devido a uma série de coisas como o repertório, com músicas lindíssimas, arranjos, o conteúdo no geral ficou fantástico e muito diferente dos demais álbuns. Por ser independente ainda (risos), sempre acreditei no meu trabalho, e pra mim é um sacrifício enorme fazer 1.000 cópias de início, pois gastei muito desde o começo, mas acabo exercitando ainda mais minha fé é imprimo 2.000 cópias, o resultado é sempre positivo, graças a DEUS.
Existe muita dificuldade de divulgação para o artista cristão instrumentista?
Claro, e muita. No Brasil são pouquíssimos que se destacam, e no meio cristão é pior ainda, pois não vê em todo lugar, alguém sendo convidado para apenas tocar, mas sim cantar. Mas tem o outro lado da história, porque em quatro anos presenciei muita coisa, e digo que 100% delas, foram de pessoas que amaram ouvir uma música de que elas só conheciam cantada, sendo agora executada por um instrumento, e as frases que mais ouço são: “Olha, que diferente ouvir essa musica tocada no sax! ” ; ” Ouvindo você tocar, me trouxe uma paz muito grande!” ; ” É impressionante, parace que o sax fala!” ; ” Seu Cd não vai sair do meu carro!” . Acredito que esse segmento tem crescido demais em nosso meio, e a tendência e crescer cada vez mais, porque o conhecimento hoje chega muito rápido às pessoas.
Atualmente, você desenvolve alguma atividade fora da música?
Não. Há quatro anos trabalho em tempo integral na área da música, desenvolvendo com muito foco trabalhos evangelístico dentro e fora das igrejas.
Quais são seus planos em termos de carreira musical para os próximos anos?
Muitos planos com certeza, mas tenho um projeto muito grande que é gravar um DVD instrumental, mas algo bem diferente mesmo, que contagia, que levanta a “galera”, algo jovem, e sempre, evangelístico.
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A música expressa o que em palavras não conseguimos dizer, saiba ouvir uma boa música.
Ouça as músicas de Fábio Costa nos players abaixo, e se desejar efetuar o download das faixas em MP3, clique com o botão direito do mouse sobre o título e selecione a opção “Salvar”:
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Fonte: Gospel+