A cantora Tania Levy, 44 anos, foi condenada a 21 anos de prisão pelo assassinato do próprio marido, em 2013, na zona rural da cidade de São Pedro. Ela já havia sido presa em 2015, mas conseguiu responder ao processo em liberdade devido a um habeas corpus, conseguido dois meses depois.
A artista de música gospel se tornou suspeita do crime assim que o corpo do marido foi encontrado. Eliel Silveira Levy, à época com 37 anos, trabalhava como guarda municipal, além de atuar como produtor musical, e seu corpo foi encontrado carbonizado dentro do próprio carro.
As investigações feitas pela Polícia Civil apontam que a cantora teria matado o marido após descobrir um caso extraconjugal. O julgamento, realizado durante a última quinta-feira, 04 de abril, durou cerca de 14 horas, e o juiz da 1ª Vara de Justiça de São Pedro, Luis Carlos Maeyama Martins, a sentenciou a 21 anos, 7 meses e seis dias de reclusão.
Ao longo do julgamento, foram ouvidas cinco testemunhas de acusação e outras três de defesa. Em seguida, a cantora fez seu depoimento, admitindo que sabia da traição do marido, mas que ela o havia perdoado. Como a condenação aconteceu em primeira instância, o juiz concedeu que ela aguarde o recurso de seu julgamento em liberdade.
O advogado da cantora, José Oscar Silveira Júnior, afirmou que Tania Levy é inocente e que há falhas na investigação e no processo: “Há muitas evidências, fornecidas inclusive pela Tania, de outras pessoas que poderiam ter participado desse homicídio. Não foram empreendidas diligências pelas autoridades policiais de forma que fossem esclarecidas de uma maneira mais firme”, argumentou.
O indiciamento de Tania Levy aconteceu por homicídio qualificado. Segundo o Ministério Público (MP), ela teria contado com ajuda de uma pessoa, não identificada, para cometer o crime planejado, o que dificultou a defesa da vítima.