O cantor Jefferson Rangel disponibilizou a música “Sopro” para download gratuito e exclusivo através do Gospel+.
A música integra o repertório do álbum “Chegou o Tempo”, o segundo disco do cantor paraense, lançado de maneira independente.
Confira uma entrevista concedida pelo cantor em outubro de 2015 ao portal Supergospel:
Seu primeiro disco foi lançado em 2008, de título “Cenas Crucis”. É um nome um tanto quanto incomum. Por que escolher este título?
Escolhi “Cenas Crucis’ por causa daquele momento em que Jesus foi crucificado na cruz, e para poder criar um nome diferenciado. Na verdade, a música veio primeiro. Eu participei de um festival chamado Canta Pará, o maior do gênero na Amazônia. Contém um ano de duração e percorre por eliminatórias em várias cidades do estado. Foram mais de 500 mil candidatos e a cada eliminatória o número diminuía. Eu fiquei em quinto lugar na grande final. O vencedor foi o Jedson, da banda Som e Louvor. E aí, fizemos uma coletânea do festival, com os dez primeiros colocados. A música pela qual concorri foi “Cenas Crucis” e daí, depois, dentre uma história bem longa, veio este disco. E resolvi colocar esta canção como tema.
Há uma distância considerável entre os lançamentos de seu primeiro trabalho e segundo. Qual o motivo?
Problemas de alma. Eu enfrentei uma depressão muito forte e quis desistir da música. Mas Deus veio ao meu encontro e me proporcionou uma nova história. A última vez quando estava querendo desistir, eu morava em Goiânia, enquanto minha mãe ainda estava no Pará. Eu liguei para ela e disse: “Mãe, não quero mais a música. Me ajude a mortificá-la dentro de mim, porque não consigo viver sem ela e eu não a quero mais”. Minha mãe repreendeu, disse que eu precisava orar e pedir um direcionamento e resposta de Deus, porque era o inimigo querendo destruir os projetos que Ele tinha de alcançar vidas através de mim. Então, entrei no meu quarto e fiz uma oração muito forte, e pedi para Deus que, se Ele realmente tivesse propósito através do meu chamado, que me desse um sinal de resposta. E se Ele realmente quisesse me usar, eu queria cantar não apenas de lábios ou vazio como eu havia cantado. E esta resposta seria n’Ele: a solução para a depressão, da desistência musical.
Eu tinha me inscrito num quadro no programa da apresentadora Eliana, chamado Tem um cantor gospel lá em casa. Foram mais de 100 mil vídeos inscritos, e destes inscritos, a produção escolheu cinco. Destes cinco, a cantora Damares escolheu três para se apresentar no palco do programa. Fui o segundo colocado da eliminatória. Após dois dias de eu ter feito esta oração, a produção entrou em contato e aconteceu tudo isso. Para mim, foi como ouvir a voz do próprio Deus, dizendo: “Filho, eu sou contigo. Não desista”. E a partir daquele dia eu fiz um voto com Ele, crendo que naquele momento em diante eu era um homem curado, livre, sarado e que iria às nações anunciar as boas-novas, o evangelho d’Ele. E que todas as circunstâncias, dificuldades e barreiras não iriam mais atropelar meu caminho, fazendo o ide d’Ele de cabeça erguida, através do ministério que Ele me proporcionou.
Isso ocorreu em 2013. Passou-se os anos e veio o atual projeto, Chegou o Tempo. É um projeto que vem na pegada pop britânica, e creio que irá alcançar o público.
Quais são as diferenças do primeiro trabalho para o segundo?
No primeiro disco, agi com a força do meu braço. E quando agimos com esta força, Deus não faz parte. As coisas não fluem e não acontecem, porque a vontade dEle deve prevalecer e ser soberana. Em 2006, tinha passado por uma audição para o Programa do Raul Gil, no quadro Quem sabe canta, quem não sabe dança. Nesta época, morava no sudeste do Pará. E lá, sempre me destaquei nos festivais. Geralmente, ficava em primeiro lugar ou segundo e fazia abertura de vários shows. E isso gerava descontentamento de muitas pessoas e algo ruim em um sujeito específico. Por ser uma cidade pequena, o espaço era reduzido. E quando cheguei a Ourilândia do Norte, fui muito bem recepcionado. Levaram trio elétrico, faixas e anunciando: “O talento da terra! Jefferson Rangel”, e me anunciavam como candidato do Raul Gil. Nesta época, recebi uma ligação, que eu deveria estar no escritório do apresentador, e no dia anterior seria gravado o playback e no seguinte, a gravação do programa. Fiquei muito feliz, era um sonho. Quando minha mãe e eu chegamos lá, o ‘cara’ pegou meu documento de identidade para verificar o agendamento, e nada constava. E eu era candidato selecionado. E ele perguntou, a fundo, como fui selecionado e nós explicamos. Ele perguntou se as passagens aéreas e a hospedagem tinham sido pagas, e respondemos que não, pois tudo tinha sido por conta própria. A partir das informações, então, ele disse que tínhamos sido enganados e vítimas de um trote. Meu mundo caiu. Foi quando minha mãe me consolou e disse que a pessoa responsável pelo engano nos veria de cabeça erguida. Nós acabamos gravando o CD ali em São Paulo, e as coisas não foram acontecendo. Acabou ficando muito caro, fui roubado numa saidinha de banco numa das parcelas do álbum. Foi muito frustrante gravar o disco. E minha alma já não estava mais ali. No estúdio, gravei por gravar. Quando os discos chegaram em Ourilândia, e minha mãe ouviu, ela deu crédito a tudo o que eu estava dizendo. Ela chorou, porque não era a hora, sabe?
Então é exatamente por isso que o disco novo se chama Chegou o Tempo.
Sim. E depois disso, resolvemos enterrar esse disco, e construir uma nova história. Para mim, é difícil falar, porque foram muitas frustrações e decepções. Havia muita gente agindo de má-fé. Nós fomos muito enganados e gastamos o que não tínhamos, simplesmente por acreditar. Minha mãe acreditava mais do que eu. Ela era minha energia, minha força, o meu apoio. Depois de oito anos, ver um disco que é de fato minha identidade, que estou ali com toda a minha alma e entrega, com canções que me alegram e falam das minhas vivências, é ótimo. As canções não são minhas, mas é como se eu tivesse as escrito. Cada uma fala de algo que vivi. Eu fui ministrado, e creio que muitas pessoas serão libertas da depressão e timidez, como fui.
Para você, como está sendo a questão da distribuição?
Ainda está no começo. Estou tentando agregar parcerias. Nós, todos envolvidos, acreditamos muito no projeto. E cremos que Deus abrirá os caminhos, pois Ele está no comando de tudo.
O projeto gráfico é bem conceitual. Isso foi pensado?
Foi pensado. Quando eu entrei em estúdio, contei ao Ricardo, dono do estúdio, a minha vida. Ele me pediu para cantar, e quando vou cantar, imagino que Deus está ali no trono, e me solto. E ali, descobrimos a minha identidade musical. Até aquele momento, não sabia qual era o meu som, o gênero. Eu não me rotulava, pois cantava de tudo. E aí, passei a ter, de fato, influências musicais. No meu primeiro disco, não coloquei fotos, porque creio que a mensagem é mais importante do que a imagem. Não sou contra a quem pensa diferente, ou que coloca, cada um tem o seu gosto. Mas, particularmente, acho que o disco combinaria mais com isso. A capa ficou muito linda, o álbum está lindo, embora seja suspeito de falar. Estou muito realizado.
Deixe um recado para os leitores.
A mensagem que eu tenho é aquilo que vivi. Não desistir do que Deus tem para nós. Eu não digo: “Não desista dos seus sonhos”, porque isso não é para quem almeja plataformas. É importante não desistir do chamado de Deus e seu Reino. O resto é consequência. E se você descansa em Deus e coloca tudo nas mãos d’Ele, ‘tá’ tudo certo, Ele fará. Mesmo em meio a dificuldades e dor nada pode te parar.
Ouça a música “Sopro” no player abaixo e se optar por baixar o MP3, clique no título da canção e escolha a opção “Salvar” para fazer o download:
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