O cantor Thalles Roberto sofreu novas críticas devido ao lançamento do boneco Thalleco, um boneco de pano voltado ao público infantil que usa características do próprio artista.
Desta vez, as críticas vieram do reverendo Caio Fábio, que questiona em um artigo publicado em seu site o que levaria “uma pessoa que diz crer em Jesus a fazer uma imagem de escultura de si mesma?”.
Deixando de lado as questões comerciais, Caio Fábio classifica a iniciativa do também pastor Thalles Roberto como uma “doença psicológica e espiritual”.
Segundo Caio, “o Narcicismo [que é uma disfunção de natureza querubínica, segundo o profeta Isaías] precedeu tudo, pois, mesmo que se apenas na superficialidade, a alma experimenta qualquer coisa de Jesus, quando se entrega ao culto de si mesma em nome de Jesus, o aprofundamento da necessidade psicológica de idolatria, é profunda”.
Anteriormente Thalles Roberto já havia sido alvo de críticas pelo lançamento do boneco. O colunista do Gospel+ e do site Holofote.Net, Paulo Teixeira, publicou um artigo em que pondera que a iniciativa possa não ser o exercício do culto a si mesmo, mas critica o caráter comercial do produto.
“Com pouco mais de 3 anos de convertido, Thalles já virou um popstar gospel e até já foi consagrado ao pastorado. É temeroso isto. Muito temeroso. É perfeitamente possível que Thalles não esteja lançando este boneco para fazer uma apologia a sua pessoa ou mesmo para que as pessoas venham a idolatrá-lo, mas tudo leva a crer que o objetivo é angariar uns dindins (e que dindins!). Imagine uma multidão de fãs comprando ‘Thallecos’ em seus shows… – pontuou.
Confira abaixo a íntegra do artigo “O que leva uma pessoa que diz crer em Jesus a fazer uma imagem de escultura de si mesma?”, de Caio Fábio, sobre o boneco Thalleco:
O assunto em questão não me gera interesse, normalmente. Mas, neste caso, chama a atenção, em meio a um turbilhão de outras loucuras, pelo nível do surto narcisístico do cantor pastor artista boneco de si mesmo.
Nem o Papim Ciço admitiria que se fizessem réplicas industriais de si mesmo a fim de serem vendidas pela venda em si mesma. Ou seja: para erótico-infantilizar as fãs.
O que me assusta é o nível de doença psicológica e espiritual. Neste caso a doença espiritual, o Narcicismo [que é uma disfunção de natureza querubínica, segundo o profeta Isaías] precedeu tudo, pois, mesmo que se apenas na superficialidade, a alma experimenta qualquer coisa de Jesus, quando se entrega ao culto de si mesma em nome de Jesus, o aprofundamento da necessidade psicológica de idolatria, é profunda.
A Síndrome de Lúcifer é o que está em curso. E, neste caso, tem contornos de grotesca ilustratividade!
Também se pode ver o que o ambiente mágico/pentecostal/evangélico associado a uma vida de sonhos e aspirações de grandeza estimulados pela teologia endêmica da prosperidade […] produz numa pessoa que, além de tudo, pense que ser alguém, é ser rico e famoso.
Minha oração não é pelo boneco, que é como o pastor cantor se trata e se retrata. Mas sim por alguma pessoa que por trás dessa bonecalização ainda lateje…, pedindo eu a Deus que o leve a se enxergar; e a ver o mal que faz a si mesmo; e a tantos outros, os quais ficam mais doentes do que os próprios ídolos aos quais cultuam.
Caio
Por Tiago Chagas, para o Gospel+