O baterista Alexandre Aposan voltou a falar sobre sua saída do Oficina G3 e revelou detalhes da situação que o fez optar por deixar a banda após oito anos, sendo três como membro oficial.
Numa entrevista concedida ao portal Guia-me, Aposan disse que para fazer projetos paralelos e/ou participações especiais em shows/CDs de outros artistas, teria que cumprir algumas formalidades ou pagar uma multa milionária exigida nos contratos do Oficina G3.
A banda atualmente estuda a renovação de contrato com a MK Music ou a ida para outra gravadora, segundo o baterista.
“Eu não estou falando mal da MK. A Alomara, a Yvelise, Cristina, Marina de Olivera são minhas amigas e eu não vou falar mal delas. Vou falar a verdade. Com o término do contrato com a MK, tem alguns contratos que o Oficina G3 ainda está analisando – não é somente [a renovação] da MK. E todos estes contratos vão contra àquilo que eu acredito. Por exemplo, eu gravei um DVD que se chama ‘Entre Irmãos’ e nele tem uma boa parte da galera com quem eu já trabalhei e seu eu continuasse na banda, se eu assinasse qualquer um desses contratos, eu não poderia gravar o ‘Entre Irmãos 2’, um outro ‘Ao Som dos Tambores’ ou um outro do DVD do For Action, como eu gravei agora. Eu ia ter que viver só com o Oficina G3. Se eu subisse em algum palco com qualquer outro artista – instrumental ou não – e esse artista não falasse: ‘Eu estou aqui no palco com o Alexandre Aposan, da gravadora X e da banda Oficina G3’, eu ia ter que pagar uma multa de 2 milhões e 100 mil reais”, desabafou o baterista, explicando o porquê de sua saída.
Aposan disse ainda que se seu interesse fosse puramente financeiro estaria tocando para artistas do meio secular: “Eu vou deixar de pegar um talento que Deus colocou na minha mão para abençoar várias vidas e ficar preso em um contrato? Se for para assinar um contrato, eu volto para o meio secular. Eu volto a tocar com Anitta e Naldo, se for por dinheiro. Só que o talento que Deus me deu é para levar a Palavra através dos tambores e é que eu vou fazer pelo resto da minha vida. Muitos iam fazer o que? Pensar: ‘Eu não vou sair. O Oficina G3 é a maior banda de rock do Brasil’. Eles realmente são. Mas eu não estou atrás de holofote, nem nada disso. Quero fazer a obra de Deus”, disse.