O músico e historiador Antognoni Misael publicou um artigo falando sobre o Dia Internacional do Rock e a relação do estilo musical com o gospel.
Misael fala no artigo publicado no site Arte de Chocar sobre a transição da música que antes era considerada “do capeta” e que hoje é aceita na maioria das igrejas.
O músico ressalta que nenhum estilo musical tem origem maligna: “Não existe fonte de inventividade em satanás. O rock nunca foi do diabo. Todos os estilos (blues, jazz, samba, choro, salsa, etc.) em sua beleza não representam sonoramente nada além de criatividade no uso dos componentes básicos da música. O que torna a canção de algum estilo reprovável é sua cosmovisão. Apenas isso”.
O artigo ainda cita nomes expressivos da música gospel, como Oficina G3, Fruto Sagrado, André Valadão, Hillsong, entre outros: “Se o rock ainda for coisa do capeta então joguemos fora os embalados corinhos congregacionais, as agitadas canções do Diante do Trono, Trazendo a Arca…”.
Confira abaixo a íntegra do artigo do músico Antognoni Misael sobre o Dia Internacional do Rock:
Nesta data comemora-se o dia mundial do Rock. E nada mais polêmico do que discutir rock in Roll na igreja. Ou melhor, acho que estou desatualizado. O que era uma “invenção satânica” por parte dos extremistas, hoje virou “adoração mantral” nos cultos solenes em quase todas as denominações, das tradicionais às pentecostais. Dá pra acreditar!
Não existe fonte de inventividade em satanás. O rock nunca foi do diabo. Todos os estilos (blues, jazz, samba, choro, salsa, etc.) em sua beleza não representam sonoramente nada além de criatividade no uso dos componentes básicos da música. O que torna a canção de algum estilo reprovável é sua cosmovisão. Apenas isso.
Ser uma “metamorfose ambulante” realmente é um triste desabor para a igreja e sua liderança. Lamentável é ouvir conceitos sobre tanta coisa sem que antes se estude, se embase. Isso se chama PRECONCEITO!
Se o rock ainda for coisa do capeta, o que dizer do som do Oficina G3, Fruto Sagrado, {Palavrantiga}? Seriam tais grupos os “lobos do metal”? Se o rock ainda for coisa do capeta então joguemos fora os embalados corinhos congregacionais, as agitadas canções do Diante do Trono, Trazendo a Arca, as baladas “alá Coldplay” do André Valadão e os Pop’s ritmados de Kléber Lucas. Mais que isso, o que dizer da famosa banda Hillsong – grande influenciadora de alguns grupos que tentam ser sua Xerox – e sua fiel escudeira no Brasil: Aline Barros? (…) e tudo tem de rock no louvor.
Dá pra indagar por que ninguém mais diz nada? Sabe por que nos acostumamos com o rock em seus diversos formatos e notamos que ele viável quando suas letras são cristãs? Porque nossos “astros” midiáticos em sua ampla influência sobre as igrejas desfizeram o paradigma de que o rock não é aquilo que “aprendemos”. É só mais uma forma de louvar a Deus.
Hoje é 13 de julho, Viva ao Rock!!!
Fonte: Gospel+